Programa

• Circunscrevendo a Filosofia Existencial e os problemas que lhe são postos.
• Etimologia e uso do termo “existir” segundo Charles Khan. 
• Pascal: o primeiro pensador trágico da Idade Moderna.
• Crítica ao racionalismo cartesiano.
• A aposta como argumento central para a fé.
• As três ordens: corpo, espírito e coração.
• O divertissement como fuga.  

• Em busca de um pensamento voltado à subjetividade.
• Crítica à razão e à sistematização filosófica.
• O conceito como elemento falsificador da realidade.
• A Repetição e a busca pelo si-mesmo: Jó x Hegel.
• Absurdo e Salto de Fé: a jornada de Abraão.
• Os Estádios da Existência: ética, estética e religião.

• Angústia e Pecado Original.
• O Desespero: doença mortal da negação do si-mesmo.
• Devir e Eternidade.
• O imperativo do amor ao próximo como condição para a vivência plena do cristianismo.

• Uma Antropodiceia da Liberdade: da Casa dos Mortos à redenção.
• Primeiros anos e a vinculação ao Círculo de Petrachévski.
• O renascimento espiritual durante a experiência de encarceramento.
• Memórias do Subsolo e o estraçalhamento dos dogmas da Modernidade: ciência, razão, progresso.
• Crime e Castigo e a ilusão do homem extraordionário.
• O humanitarismo como máscara do mal: do Romantismo ao Niilismo.
• Os Irmãos Karamázov e a aposta em Deus e na Imortalidade ligadas à concepção de amor ao próximo. O desfecho da Antropodiceia da Liberdade.

• Léon Chestov e o combate às evidências. 
• Nikolái Berdiaev e o embate atemporal entre César (vontade de poder) e Cristo (liberdade final).
• Paul Evdokimóv e o Problema do Mal em Dostoiévski. 
• Dialogismo e Polifinia em Mikhail Bakhtin. 

• Apresentação biográfica e bibliográfica de F. Nietzsche.
• A noção de alma pela perspectiva da tradição metafísica.
• Crítica ao humanismo greco-cristão.
• Vida como atividade, força, vontade de poder, Devir.

• O homem doente do homem.
• Anúncio de um presente: além-do-homem [Übermensch], sentido da terra, finitude.
• Dos desprezadores do corpo: aquele que não diz “Eu”, mas faz Eu!
• Da visão e enigma: tempo e eterno retorno.
• O convalescente: o pensamento abismal.

• A radicalização das apostas de Pascal, Kierkegaard e Dostoiévski.
• O sentimento trágico da vida: o conflito irreconciliável entre desejo e razão.
• A oposição entre o deus intelectual dos filósofos e o Deus Biótico (Vivo).
• A provocação como recurso argumentativo.
• Dom Quixote: o Cristo espanhol.

• Contextualização do Iluminismo e Romantismo, tendências antagônicas que moldaram o imaginário do Ocidente até o início do Século XX. 
• A desilusão generalizada com a Razão e, nas nações democráticas, com os ideais românticos: a herança da I Grande Guerra.
• A Segunda Guerra como destruidora dos ideais iluministas.

• As mudanças estéticas trazidas pelo advento da fotografia e pelo fim da Era Vitoriana: o Expressionismo de Klimt, Kokoschka e Schiele.
• Dadaísmo e Surrealismo.

• Breve introdução ao pensamento de Martin Heidegger.
• A fenomenologia e uma nova concepção de existência.
• Tradição metafísica e o esquecimento de ser.
• Pensar o impensado como tarefa crítica à história da ontologia.

• O projeto da analítica existencial – Ser e tempo.
• Os momentos constitutivos e a totalidade de ser-no-mundo: ser em, ser-com, abertura.
• Angústia, cura e a verdade como alétheia.
• Finitude e Tempo.

• Jean-Paul Sartre e a assunção do termo “existencialismo”.
• A condenação à liberdade, a má-fé e o peso das escolhas humanas. 
• O ser humano como o pórtico pelo qual o nada vem ao mundo. As relações entre o nada e a liberdade. 
• O existencialismo é um humanismo: a radicalidade da condição humana.
• Os ensaios existencialistas de Simone de Beauvoir: Pirro e Cineias e Por uma moral da ambiguidade.

• Uma filosofia feita de imagens.
• Camus leitor de Kierkegaard: um diálogo com a herança do Absurdo.
• A crítica ao racionalismo profissional.
• O Ciclo do Absurdo: O Estrangeiro, O Mito de Sísifo, Calígula e o Mal-Entendido.
• Como o confronto com o Absurdo conduz à Revolta.

• A solidariedade como fundamento da Revolta.
• O Ciclo da Revolta: A Peste, O Homem Revoltado, A Queda e Estado de Sítio.
• O Exílio e o Reino e a superação do destino trágico de Sísifo.
• O Primeiro Homem: as memórias inacabadas.
• Revolta, Justiça e Amor.    

• A desilusão definitiva e o triunfo do cinismo: consequências da II Grande Guerra. Michel Houellebecq e o legado do Ocidente.
• Pascal Bruckner e a tirania da penitência. 
• Bernard Lewis e o ocidentalismo. 

• O antinatalismo de David Benatar.
• A morte e o absurdo segundo Thomas Nagel. 

• O Neorrealismo Italiano.
• A Nouvelle Vague Francesa.
• O novo cinema Norte-Americano (anos 60 e 70).
• O Cinema Novo Brasileiro.
• O cinema autoral de Carl Theodor Dreyer, Ingmar Bergman e Andrei Tarkovsky.