Leitura e apresentação de textos da sofística em sua relação com o Platão dos diálogos socráticos ou aporéticos, em especial Górgias e Protágoras.

Bibliografia básica:

KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. The Presocratic Philosophers. 2ª ed. Cambridge University Press, 1983. Tradução de Carlos Alberto Louro Fonseca. 6ª. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

JAEGGER. Paidéia: A Formação do Homem Grego. Tradução: Artur M. Parreira. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

PLATON. Obras completas. Traducción del griego, preámbulos e notas por Maria Araujo et alii. Madrid, Aguilar, 1966.

As teses platônicas da maturidade. Leitura e apresentação das principais passagens que constituem a chamada Teoria das Idéias, em especial no Fédon, Banquete, República e Fedro.

Bibliografia básica:
 

PLATÃO. Diálogos de Platão. Edição bilíngue. Trad. Carlos Alberto Nunes. Ed. Ufpa (Universidade do Pará). 1973-1980;

___.A República de Platão. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1949.

https://cafcamanaos.files.wordpress.com/2012/11/platc3a3o-a-repc3bablica-calouste-gulbenkian.pdf

___. Oeuvres Complètes. Trad. e notas L. Robin, com a colaboração de J. Moreau, 2 vols., Paris, Pléïade, 1940-1942.

O curso visa apresentar a filosofia teórica de Aristóteles com base nos textos Física e Metafísica. Será abordado o objeto de cada uma dessas obras, dando-se ênfase à diferença entre os tipos de investigação presentes em cada um dos textos. Essa abordagem permitirá o estudo das principais noções da filosofia teórica de Aristóteles.

Bibliografia básica:

Aristóteles, A Metafísica. Trad. G. Reale. 3 vols. Ed. Loyola, SP: 2001.

            __________, Física I-II. Trad. Lucas Angioni. Ed. Unicampi, SP: 2009.

 

Berti, E., Estrutura e Significado da Metafísica de Aristóteles. Ed. Paulus. SP: 2012.

 

Castro, S., A teoria aristotélica da substância. Ed. Contraponto, RJ: 2008.

 

Natali, C., Aristóteles. Ed. Paulus, SP: 2016

 

Uma bibliografia Secundária (incluindo artigos em periódicos) será indicada no decorrer do curso.

Leitura e análise das principais imagens míticas no processo de formação do pensamento lógico na Grécia antiga. Correlações e desconstruções de imagens míticas de Hesíodo a Parmênides.

Bibliografia básica:

CORNFORD, F. M. Principium sapientiae. As origens do pensamento filosófico grego. Trad. de Maira Manuela Rocheta dos Santos. 3ª ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.

DETIENNE, M. et alii. Myth, religion & society. London: Cambridge University Press, 1981.

DOWDEN, Ken. Os usos da mitologia grega. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Papirus, 1994.

Leitura e análise de teses escolhidas de Nietzsche sobre os antigos gregos. “Escolhidas,” porque muito diversas ao longo de toda sua obra, seja do ponto de vista temático, seja do ponto de vista da heterogeneidade de suas interpretações, as quais, como sabemos, variam e mesmo divergem, dependendo da época em que foram escritas. Escolhemos assim tratar em especial das posições de Nietzsche com relação a Sócrates e Platão, enfatizando o contraste, para o qual o próprio Nietzsche chama a atenção, entre estes pensadores e seus antecessores. Num primeiro momento, o curso focalizará a interpretação de O Nascimento da Tragédia que contrapõe a experiência trágica ao otimismo socrático-platônico, aí considerado como uma força dominante do pensamento ocidental; e, num segundo momento, abordaremos outros retratos de Sócrates e Platão, focalizando principalmente o contraste entre platônico e pré-platônico, a partir da compreensão nietzschiana de metafísica. – “Metafísica é uma posição de oposição;” -- diz Nietzsche, em sua introdução a Para além de Bem e de Mal – “sua crença medular é a crença na antinomia dos valores”. Platão, como fundador da metafísica, e, portanto, segundo Nietzsche, da própria filosofia, será objeto central de suas críticas, ao passo que seus antecessores serão entendidos como fazendo parte de uma outra “humanidade”, a qual Nietzsche parece se referir muitas vezes com nostalgia (vide, por exemplo, o aforismo 152, de A Gaia Ciência). A influência de Heráclito sobre seu pensamento será também abordada, através da leitura comparativa entre o Heráclito nietzschiano apresentado em A Filosofia na Era Trágica dos Gregos (Nietzsche tem uma interpretação singular do pensamento de Heráclito) e suas teses sobre o eterno retorno do mesmo, conforme livros posteriores, por exemplo, A Gaia Ciência, Assim falou Zaratustra, e Fragmentos Póstumos.

 

Bibliografia

NIETZSCHE, F.. Œuvres complètes. Gallimard. Collection Œuvres philosophiques complètes. Texte et variantes établis par Giorgio Colli et Mazzino Montinari. Trad. de l’allemand par Maurice de Gandillac.

 

            Obs. Em alemão, toda a obra de Nietzsche, pode ser encontrada na           Biblioteca da PUC . Os 24 títulos que compõem a edição francesa acima           citada estão disponíveis na Amazon brasileira para o formato kindle. Para   quem se           interessar, boa parte da obra de Nietzsche pode ser encontrada             também em     português, publicada pela Companhia das Letras.

 

_________. O Nascimento da Tragédia, ou helenismo e pessimismo. Cia das Letras. 1992; 2017.

_________. Introduction à l´Étude des Dialogues de Platon. Éditions de l´´Eclat, 2005 [1991].

_________. A Filosofia na Época Trágica dos Gregos. Lisboa. Edições 70. 2008.

_________  Introdução à Tragédia de Sófocles. Rio de Janeiro. Zahar.

_________.The Will to Power. Translated by Walter Kaufmann and R.J. Hollingdale. Ed. Walter Kaufmann. Vintage Books, New York, 1967.

 

DIXSAUT, MONIQUE. Platon-Nietzsche. L’autre manière de philosopher. Paris. Fayard, 2015.

_________ Contre Platon, t. 01: Le Platonisme dévoilé (1992); t. 02: t. 02: Renverser le platonisme (1995). Paris. Vrin.

 

FINK, E. La Philosophie de Nietzsche. Paris. Les Éditions de Minuit. 1965.

 

FRANCO, Irley F. “Platão antitrágico: a crítica à poesia nos livros II e III de a República.” O que nos faz pensar, [S.l.], v. 27, n. 42, p. 85-104, june 2018. ISSN 0104-6675. Disponível em: http://oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/index.php/oqnfp/article/view/605

 

GIACOIA, O. “O Platão de Nietzsche. O Nietzsche de Platão.” Cadernos Nietzsche 3 (Setembro 1997)

 

KAUFMANN, Walter. “Nietzsche's Admiration for Socrates”. Journal of the History of Ideas, vol. 9, n. 4, Arthur O. Lovejoy at Seventy-Five: Reason at Work (Oct., 1948), pp. 472-491. University of Pennsylvania Press

 

KIRK, G. S. e  RAVEN, J. E. The Presocratic Philosophers, A Critical History with a Selection of Texts (Cambridge, Cambridge University Press, 1969.

 

MACHADO, Roberto. Zaratustra: Tragédia Nietzschiana. Zahar. 1997.

 

Obs.: Outros títulos serão indicados oportunamente no decorrer do curso.

 

A disciplina tratará da transição entre o pensamento grego arcaico formado pela experiência poético-performativa do que, com Platão, viemos a chamar de mito e os primeiros traços do que posteriormente se chamou de filosofia com os cosmólogos, sábios ou investigadores da natureza, que inauguram o que se veio a compreender como pensamento racional ou científico. Partiremos de uma caracterização destes dois tipos de “disposição psíquica” e desenvolveremos sua abordagem através do estudo de textos selecionados, tanto originais dos autores gregos quanto de comentadores clássicos. Destacaremos, sobretudo, o pensamento dos primeiros filósofos gregos, chamados de pré-socráticos.

Bibliografia básica:

PLATÃO. Íon. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 1980.

PESSANHA, José Américo. Do mito à filosofia. In: Os pré-socráticos. Rio de Janeiro: Nova Cultural,1973 (Os Pensadores). 

HAVELOCK, Eric. Prefácio a Platão. Trad. Enid Abreu Dobránzsky. Campinas: Papirus, 1996.

LLOYD, G. E. R. Magic, reason and experience: studies in the origins and development of Greek science. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1973 (Os Pensadores). 

BORNHEIM, Gerd. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 2008.

IGLÉSIAS, Maura. Pré-socráticos: físicos e sofistas. In: Curso de Filosofia (REZENDE, Antonio, org.). Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

NIETZSCHE, Friedrich. A filosofia na idade trágica dos gregos. Trad. Maria Inês Madeira de Andrade. Rio de Janeiro: Elfos; Lisboa: Edições 70, 1995.

VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. 18. ed. Trad. Ísis Borges B. da Fonseca. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

__________________; VIDAL-NAQUET, Pierre. La Grèce ancienne. 1. Du mythe à la raison. Paris: Éditions du Seuil, 1990.  

ROBIN, Léon. La pensée grecque et les origines de l’esprit scientifique. Paris: Éditions Albin M

Leitura de passagens do Parmênides, Teeteto e Sofista  visando a problematizar a teoria platônica do conhecimento desenvolvida nesta fase.

Bibliografia:

Platão. Diálogos de Platão. Edição bilíngue. Trad. Carlos Alberto Nunes. Ed. Ufpa (Universidade do Pará). 1973-1980;

Cornford Francis M. Plato's Theory of Knowledge: The Theaetetus and the Sophist. Dover Philosophical Classics. Reprint of the Bobbs-Merrill Company, Inc., Indianapolis, Indiana, 1957 edition.

Schäfer, Christian. Léxico de Platão. Conceitos fundamentais de Platão e da tradição platônica. Editora Loyola. 2012.

Análise das concepções vigentes entre os gregos, durante os períodos arcaico e clássico, a respeito do direito e da lei. A reflexão filosófica da época sobre a justiça. Noções básicas acerca do sistema legal grego. O curso será desenvolvido a partir da leitura e análise de textos selecionados.

Bibliografia básica:

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Nova Cultural. Col. Os Pensadores.

______. Constituição de Atenas. Nova Cultural. Col. Os Pensadores.

ÉSQUILO. Oresteia. Vol. III: Eumênides. Trad. JAA Torrano. Ed. Iluminuras

HESÍODO. Os Trabalhos e os Dias. Trad. Maria de C.N. Lafer.  Ed. Iluminuras.

HOMERO, Ilíada. 2 vol.Trad. Haroldo de Campos. Ed. Mandarim

PLATÃO. Apologia de Sócrates; Críton. Trad. Manuel de O. Pulquério. Ed. 70.

______. As Leis. Trad. Carlos Alberto Nunes. EDUFPA.

SÓFOCLES. Antígona. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Ed. Fundação Calouste Gulbekian.

 

Bibliografia Secundária:

BONNER, R.J.; SMITH, G. The Administration of Justice from Homer to Aristotle. Vol I e II. Chicago: University of Chicago Press, 1930-1938.

GAGARIN, M.; COHEN, D. (Ed.) The Cambridge Companion to Ancient Greek Law. Cambridge:Cambridge University Press, 2005.

GAGARIN, M. Early Greek Law. Berkeley, Los Angeles: University of California Press, 1989.

GAGARIN, M. Writing Greek Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

GERNET, L. Recherches sur le développement de la pensée juridique et morale en Grèce.  Paris: Ernest Leroux, 1917 (1ª ed.).

______. Droit et institutions en Grèce antique.  Paris: Flammarion, 1982.

JONES, J.W. The Law and Legal Theory of the Greeks.  Oxford: Oxford University Press, 1956.

MacDOWELL, D.M. The Law in Classical Athens. Ithaca: Cornell University Press, 1978.

ROMILY, J. La loi dans la pensée grecque. Paris: Belles Lettres, 1971 (1ª ed.).

Bibliografia suplementar será fornecida durante o curso.

A proposta do curso é apontar para algumas apropriações hegelianas da filosofia antiga. Neste sentido, partiremos do cerne do pensamento hegeliano sobre a separação tipicamente moderna entre sujeito e objeto. Tal caracterização nos permitirá explorar o método dialético e sua relação com a história. Assim, nos será possível localizar o papel do período clássico em sua filosofia da história. Em seguida, a leitura empreendida por Hegel acerca da tragédia ática se prestará à elaboração de uma teoria da ação. Por fim, serão buscadas as influências platônicas no pensador alemão, bem como a crítica da qual tal apropriação foi alvo, notadamente com Heidegger.

Bibliografia básica:

GADAMER, H.G. Hegel's Dialectics. Trad. P. Christopher Smith, London: Yale University Press, 1976. [disponível na biblioteca da PUC e na internet]

GRAY, J. G. Hegel's Helleninc Ideal. New York & London: Garland Publishing, 1984.

HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. Tradução Paulo Meneses, com Karl-Heinz Efken. Petrópolis: Vozes, 1992 [disponível na internet e na biblioteca da PUC]

A partir de textos e fragmentos dos filósofos pré-socráticos, assim como de Platão e Aristóteles, Heidegger reconstrói uma impressionante história do Ocidente. Essas interpretações sobretudo concedem a esses filósofos a sua envergadura filosófica e atualizam a sua presença contemporânea. O objetivo do curso é reconstruir algumas dessas abordagens.

Bibliografia:

Heidegger, Martin. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo, Nova Cultural, Coleção Os Pensadores, 1989.

_____. “A questão da técnica”. In: Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Márcia de Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002.

_____. “Alétheia: Heráclito, fragmento 16”. In: Ensaios e conferências. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Márcia de Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002.

Disciplina dedicada ao estudo das grandes escolas filosóficas do período Helenístico: os estoicos, os cínicos, os epicuristas e os céticos. Sempre que possível, usaremos as fontes primárias para tais estudos, em que pese a escassez de tal documentação. Recorreremos também a doxografias diversas, assim como a textos de comentadores e intérpretes modernos e contemporâneos.

Bibliografia básica:

INWOOD, B. (org.). Os estoicos. SP: Odysseus, 2006.

INWOOD, B. & GERSON, L. P. Hellenistic philosophy. 2nd edition. Cambridge: Hackett, 1997.

LAÊRTIOS, D. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Brasília: UNB, 2008.

MOMIGLIANO, A. Os limites da helenização. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

A monografia deve apresentar conteúdos interdisciplinares, sobretudo das disciplinas ministradas durante o curso. A não entrega da monografia por parte do aluno, dentro dos prazos estabelecidos, impossibilitara o mesmo de receber o certificado final do curso.

Leitura e análise dos principais conceitos aristotélicos sobre os gêneros poéticos, sobretudo a poesia trágica, na Poética. Relacionar estes conceitos com os textos dos próprios poetas, com ênfase no Édipo-Rei, de Sófocles, tragédia considerada exemplar por Aristóteles.

  

Bibliografia básica:

 

ARISTÓTELES. Sobre a Arte Poética. Trad. Antônio Mattoso e Antônio Queirós. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2018.

______. Poética. Trad. Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015.

______. Retórica. Trad. Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pereira. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2012.

SÓFOCLES. Édipo-Rei. in A Trilogia Tebana. Trad. Mario da Gama Kury. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.